quarta-feira, 15 de junho de 2011

Formação dos Estados Nacionais - 2º Ano

A Unificação da Alemanha




A Unificação Italiana

A INDEPENDÊNCIA DA ITÁLIA

A unidade nacional era um desejo antigo, almejado por milhares de nacionalistas italianos. No entanto, A configuração político-territorial da Itália, no início de século XIX, sofreu grande intervenção por parte das medidas firmadas pelo Congresso de Viena de 1814. Com os acordos consolidados, a atual região da Itália ficou dividida em oito estados independentes ( parecia uma “colcha de retalhos ), sendo que alguns deles eram controlados pela Áustria.

Nesse mesmo período de recondicionamento da soberania monárquica, movimentos nacionalistas afloraram em diferentes partes da Itália. Ao mesmo tempo, as motivações e projetos desses grupos eram bastante variados. Envolvendo grupos de trabalhadores urbanos e rurais e alcançando até mesmo a burguesia nacional, o Risorgimento manifestava-se em ideais que passavam por tendências republicanas e, até mesmo, monárquicas.

Uma interessante manifestação nacionalista pôde ser contemplada com o aparecimento dos carbonários. A ação dos carbonários se estabeleceu ao sul da Itália sob a liderança do comunista Filippo Buonarotti. Lutando contra a ação dos governos absolutistas, o carbonarismo foi um dos mais importantes movimentos de bases popular da Itália.

Em 1831, Giuseppe Mazzini liderou outro movimento republicano representado pela criação da Jovem Itália. Mesmo não obtendo sucesso, o nacionalismo italiano ainda teve forças para avivar suas tendências políticas. No ano de 1847, uma série de manifestações anti-monárquicas tomaram conta da região norte, nos reinos de Piemonte e Sardenha, e ao sul no Reino das Duas Sicílias. No Reino da Lombardia consolidou-se um dos maiores avanços republicanos quando o rei foi “obrigado” a instituir um Poder Legislativo eleito pelos cidadãos.

Mesmo com a agitação dessas revoltas, a presença austríaca e o poder monárquico conseguiram resistir à crescente tendência republicana. Só com o interesse da burguesia industrial do norte da Itália, politicamente patrocinada pelo primeiro-ministro piemontês Camilo Benso di Cavour, que o processo de unificação começou a ter maior sustentação. Angariando o apoio militar e político dos Estados vizinhos e do Rei francês Napoleão III, em 1859, a guerra contra a Áustria teve seu início.

Temendo a deflagração de movimentos de tendência socialista e republicana, o governo francês retirou o seu apoio ao movimento de unificação. Ainda assim, Camilo di Cavour conseguiu unificar uma considerável porção dos reinos do norte. Nesse mesmo período, ao sul, Giuseppe Garibaldi liderou os “camisas vermelhas”, contra as monarquias sulistas. Para não enfraquecer o movimento de unificação, Garibaldi decidiu abandonar o movimento por não concordar com as ideias defendidas pelos representantes do norte.

Dessa maneira, os monarquistas do norte controlaram a unificação estabelecendo o rei Vítor Emanuel II. No ano de 1861, o Reino da Itália era composto por grande parte do seu atual território. Entre 1866 e 1870, após uma série de conflitos, as cidades de Veneza e Roma foram finalmente anexadas ao novo governo. A unificação da Itália teve seu fim no ano de 1929, quando após anos e anos de resistência da autoridade papal, o tratado de Latrão completou a formação da nação italiana.
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Apesar de representar uma luta histórica ao longo do século XIX, a unificação italiana não conseguiu prontamente criar uma identidade cultural entre o povo italiano. Além das diferenças de cunho histórico, linguístico e cultural, a diferença do desenvolvimento econômico observado nas regiões norte e sul foi outro entrave na criação do país.

Música
A Música Speranza, da cantora italiana Laura Pausini não fala diretamente sobre a unificação da Itália, porém, deixa explícito um sentimento de união e de busca por uma paz coletiva, sugerindo, aí, talvez um nacionalismo.


Speranza
Laura Pausini

Lui che qui arrivò che ritornerà
E porterà un sogno porterà realtà
Cuore di un'uomo immenso
Che non sa se troverà
Quel coraggio quell'avventura.

Lui che qui arrivò e che resterà
Lui lungo il cammino forse incontrerà
Occhi che come i suoi

Chiedono di felicità
Ricercando la vita
Vita, vite e speranza
E sogno, sogno, sogni e speranza
Pace, pace, pace e speranza
Occhi che come i suoi

Chiedono di felicità
Ricercando la vita
Vita, vite e speranza
E sogno, sogno, sogni e speranza
Pace, pace, pace e speranza
Oh

Pace
Vita, sogni e speranza
Pace, pace
Lui che qui arrivò che tornerà

Esperança
Laura Pausini
Revisar tradução
Ele que aqui chegou, que voltará
E levará um sonho, levará a realidade
Coração de um homem imenso
Que não sabe se achará
Aquela coragem, aquela aventura

Ele que aqui chegou e que ficará
Ele o longo caminho talvez encontrará
Olhos que como os seus

Pedem felicidade
Procurando a vida
Vida, vidas e esperança
E sonho, sonho, sonhos e esperança
Paz, paz, paz e esperança
Olhos que como os seus

Pedem felicidade
Procurando a vida
Vida, vidas e esperança
E sonho, sonho, sonhos e esperança
Paz, paz, paz e esperança
Oh

Paz
Vida, sonhos e esperança
Paz, paz
Ele que aqui chegou, que voltará






Unificação da Peninsula Ibérica
Formação da Península Ibérica


Desde os anos 3000 antes de Cristo, a Península Ibérica vem sendo invadida e ocupada por vários povos, como os iberos, os fenícios e os gregos. Mas foi com a invasão dos árabes muçulmanos que a nobreza decidiu se unir pra o que seria a Guerra da Reconquista.

Portugal tornou-se uma monarquia no século XII. Durante a Guerra da Reconquista, o cavaleiro que mais se destacou foi Henrique de Borgonha, que muito ajudou o rei Alfonso VI. Então recebeu a mão da filha do rei, Teresa, e juntos tiveram Alfonso Henriques que lutou contra castelhanos e conquistou a independência de Portugal e criou a dinastia de Borgonha. Assim, os portugueses expandiram o território com o povoamento, com uma base na agricultura. Navegações impulsionaram o mercantilismo português. Portugal teve três dinastias antes da proclamação da república em 1910: a de Borgonha, a de Avis e a de Bragança.
Espanha tornou-se uma monarquia no século XV. Antes da invasão dos mouros à cidade, a Espanha que hoje conhecemos era dividida em vários países, que eram os reinos de Castela, Leão, Aragão e Navarra. Para fortalecer a ideia de união e manter os muçulmanos afastados, os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casaram. Com a intenção de manter esse reinado, seria necessária uma acumulação de riquezas, que foi feita a partir do ideal das navegações marítimas em busca de especiarias das chamadas Índias.




Unificação da França
Letra em francês
Allons enfants de la Patrie,
Le jour de gloire est arrivé
Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé.
L'étendard sanglant est levé:
Entendez-vous dans les campagnes
Mugir ces féroces soldats!
Ils viennent jusque dans vos bras
Égorger vos fils et vos compagnes.
Aux armes citoyens,
Formez vos bataillons.
Marchons! Marchons!
Qu'un sang impur
Abreuve nos sillons
Que veut cette horde d'esclaves
De traîtres, de rois conjurés?
Pour qui ces ignobles entraves
Ces fers dès longtemps préparés
Ces fers dès longtemps préparés
Français, pour nous, Ah quel outrage
Quel transport il doit exciter!
C'est nous qu'on ose méditer
De rendre à l'antique esclavage
Quoi! Des cohortes étrangères
Feraient la loi dans nos foyers!
Quoi! Ces phalanges mercenaires
Terrasseraient nos fiers guerriers.
Terrasseraient nos fiers guerriers.
Grand Dieu! Par des mains enchaînées
Nos fronts, sous le joug, se ploieraient.
De vils despotes deviendraient
Les maîtres de nos destinées
Tremblez tyrans, et vous perfides
L'opprobe de tous les partis.
Tremblez, vos projets parricides
Vont enfin recevoir leur prix!
Vont enfin recevoir leur prix!
Tout est soldat pour vous combattre.
S'ils tombent nos jeunes héros,
La terre en produit de nouveaux
Contre vous, tous prêts à se battre
Français en guerriers magnanimes
Portez ou retenez vos coups.
Épargnez ces tristes victimes
A regrets s'armant contre nous!
A regrets s'armant contre nous!
Mais ce despote sanguinaire
Mais les complices de Bouillé
Tous les tigres qui sans pitié
Déchirent le sein de leur mère!
Amour Sacré de la Patrie
Conduis, soutiens nos braves vengeurs.
Liberté, Liberté chérie
Combats avec tes défenseurs
Combats avec tes défenseurs
Sous nos drapeaux, que la victoire
Accoure à tes mâles accents
Que tes ennemis expirants
Voient ton triomphe et nous, notre gloire
(« Couplet des enfants »)
Nous entrerons dans la carrière
Quand nos aînés n'y seront plus
Nous y trouverons leur poussière
Et la trace de leur vertus!
Et la trace de leur vertus!
Bien moins jaloux de leur survivre
Que de partager leur cercueil.
Nous aurons le sublime orgueil
De les venger ou de les suivre
Aux armes citoyens,
Formez vos bataillons.
Marchons! Marchons!
Qu'un sang impur
Abreuve nos sillons

Letra traduzia ao português
Estrofe 1
Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Contra nós, da tirania
O estandarte ensangüentado se ergueu.
O estandarte ensangüentado se ergueu.
Ouvis nos campos
Rugirem esses ferozes soldados?
Vêm eles até aos nossos braços
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Ágüe o nosso arado
Estrofe 2
O que quer essa horda de escravos
de traidores, de reis conjurados?
Para quem (são) esses ignóbeis entraves
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Franceses! A vós, ah! que ultraje!
Que comoção deve suscitar!
É a nós que consideram
retornar à antiga escravidão!
Estrofe 3
O quê! Tais multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
O quê! Essas falanges mercenárias
Arrasariam os nossos nobres guerreiros
Arrasariam os nossos nobres guerreiros
Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vis tornar-se-iam
Os mestres dos nossos destinos!
Estrofe 4
Tremei, tiranos! e vós pérfidos,
O opróbrio de todos os partidos,
Tremei! vossos projetos parricidas
Vão enfim receber seu preço!
Vão enfim receber seu preço!
Somos todos soldados para vos combater.
Se tombam os nossos jovens heróis
A terra de novo os produz
Contra vós, todos prontos a vos vencer!
Estrofe 5
Franceses, guerreiros magnânimos,
Levai ou retende os vossos tiros!
Poupai essas tristes vítimas
A contragosto armando-se contra nós.
A contragosto armando-se contra nós.
Mas esses déspotas sanguinários
Mas os cúmplices de Bouillé,
Todos os tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas mães!
Estrofe 6
Amor Sagrado pela Pátria
Conduz, sustém-nos os braços vingativos.
Liberdade, liberdade querida,
Combate com os teus defensores!
Combate com os teus defensores!
Sob as nossas bandeiras, que a vitória
Chegue logo às tuas vozes viris!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo, e nós a nossa glória.
A estrofe seguinte, a sétima, cujo autor continua até hoje desconhecido, foi acrescida em 1792.
Estrofe 7
Entraremos na batalha
Quando nossos anciãos não mais lá estiverem.
Lá encontraremos as suas cinzas
E o resquício das suas virtudes!
E o resquício das suas virtudes!
Bem menos desejosos de lhes sobreviver
Que de partilhar o seu esquife,
Teremos o sublime orgulho
De os vingar ou os seguir

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